Centro de Estudo e Pesquisas Clínicas de São Paulo

Prof. Dr. Zan Mustacchi

Determinantes sociais do comprometimento intelectual

Criticar o que até agora tem sido feito no campo da assistência ao pessoa com de comprometimento físico e/ou intelectual (deficiente físico e/ou deficiente mental – OMS) é, ao mesmo tempo, prestar-lhe um serviço e pagar-lhe um tributo. Prestar-lhe um serviço, porque ajudará a causa dos deficientes e pagar-lhe um tributo, porque demonstrará o desejo que estimula a todos nós de fazer cada vez mais.
A crítica, em resumo, é uma profissão de fé, não só nos direitos dos deficientes, mas também nos direitos de qualquer pessoa prejudicada, seja por motivos raciais, étnicos, religiosos ou sócio-econômicos, seja por invalidez física ou mental.
A capacidade de percepção lógica, de racionalização e de reestruturação dos dados perceptivos, bem como a capacitação motora, auditiva, olfativa, gustativa, táctil e visual, quando comprometidas, tem alicerces sociais tão profundos em nosso meio que justificam a inclusão do Brasil entre os países de sobreviventes.
Inúmeras são as variantes que comprometem a aptidão para aprender, a qual está certamente apoiada em dois aspectos fundamentais da Saúde Pública: um de caráter constitucional e outro de caráter ambiental. O aspecto constitucional pode ser, por sua vez, genético ou hereditário; lembrando que nem todo fator genético é necessariamente hereditário. O aspecto ambiental, tem importância especial, pois pode ser modificado pela educação, pelo sanitarismo (saúde e higiene), pela nutrição e por fatores sócio-econômicos.
Prof. Dr. Zan Mustacchi